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Mostrando postagens de abril, 2011
INEXORAVELMENTE Vivo em dores... Porque o amor, em mim, não sopra talhos nem costura cortes. Vivo em chamas... Porque a saudade, em mim, queima as raízes e crema o corpo em cinzas. Do que fui, restam estilhaços. Puzzle de peças desencontradas. Minha luz, em brilho opaco, não mais irradia sonhos. Meu sol, a sucumbir no horizonte, afogou-se nas profundezas do mar. Eu, princesa dos contos de fadas, perdi-me nos caminhos florestais... O vento levou-me as pedras que marcavam as trilhas. Restou-me apenas a lição do filho ausente: “Mãe, roubaram-te do caminho até as pedras? Danem-se as pedras e os caminhos.” Quem sabe, daí... Sobreviverei ao inexorável destino que me resta? Eu, sombra de mim, a vagar incrédula... Em busca do inóbvio. À procura da paz. Kátia Drummond