Antonio_Prates (Quinta, 23 Outubro 2008 às 21:47)
Sou um eviterno vagabundo,
Nesta vida consumida pelo medo…
Olho p`rá vida, vejo um tecto moribundo
Cheio de restos, de prisão e de degredo…
Apalpo os dias, que me passam ao redor,
Com a vontade que me dá o velho tacto…
Provo premissas sem tempero e sem sabor,
Feitas de um rosto macilento e abstracto…
Nado o percurso sinuoso, aos solavancos,
Nesses atalhos procriados nos invernos…
Passo barreiras, rodeadas por barrancos,
Pelas ombreiras lá dos quintos dos infernos…
Fiz-me um ser errante, emaranhado,
Deambulando pela dita paz no mundo…
Sou fora daqui, sou de outro lado…
Sou um eviterno vagabundo…
António Prates
(In Sesta Grande)
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